(todo samba, cada esquina)
Ela some, ele distância
Ela ama, ele ainda
‘inda que parece que finda
Ele pega a rua e vai
Ela pára no ponto e agonia
Em meio o trânsito da lua
Ela, bailarina em cada samba
Ele, cantador de toda esquina
Rodaram no salão sem melodia
Pegaram seus caminhos (sem guia)
E foram…, um lado e outro
Sonata em fuga, contraponto de Bar
Ela quer sambar pela noite
Virar os olhinhos que ele não vê
Ela quer fingir
Veja não
Sai por aí derramando a razão
De tanta insensatez
Ele vai se entregar num canto
Rir a emoção, ela não vai perceber
Ele quer partir
Ouve não
Entra por aqui espalhando a paixão
De tanto invés
Disseram que é delicada
Falaram que é um bom moço
Acharam que tinha um mote
Ensejo em cada retorno
Gente enganada de poesia
Ela vai pretender que não liga
Ele vai procurar distração
E todo mundo acredita
Que essa coisa de amor…, nada não
Ele é cantador, ela é bailarina
Ela baila cada esquina
Ele canta todo samba
(Ai se soubessem como se encontrar…)
Clarisse Lourenço
_Um café-moça, nesse dia frio, esse Dia Nacional do Café...!
["...ela desatinou... viu morrer alegrias, rasgar fantasias, os dias sem sol raiando... e ela inda está sambando..."]
3 comentários:
Dois café-moça-clarisse, por favor!!!
e enquanto tomo meus café, assina e dedica o livro pra mim.
beijosss e parabéns!!!
Levou-me completamente. Tirou-me as palavras, apenas.
Lindo!!!!
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