13 outubro 2008

Pranto


Estou perdida.
Embriagada.
Ensandecida e inebriada.
Fazendo poesia
pra fazer você ficar.
Morrendo todo dia
Ao te ver sem te tocar.
Eu vou te prosear
Te apoiar
E te escutar.
Talvez eu aprenda a te cercar.
Mas o espaço
Nesse abraço
É pra evitar a dor.
Como pode eu te amar tanto?
Eu vou só secar meu pranto
Pra depois morrer de amor.



Florence Guedes

2 comentários:

Unknown disse...

Olá, obrigado Analu por sua visita e pelo seu comentario no Experimentando Versos.
Sobre a poesia...
muito daquilo que somos, pensamos, fazemos, morre no correr das mares dos dias; porem, se há morte há, tambem, vida, invenção, diferença. Ao ler os versos da poesia eu me perguntei sobre o que significa morrer de amor hoje? o que significa amar? o que significa fazer poesia? fazer arte ? não tenho as respostas, mas acho fundamental colocarmos tais questões e outras inumeras.
O que significa amar numa sociedade em que os laços sociais se tornam cada vez mais tenues; as relações efemeras; em que há um individualismo flagrante misturado com sentimentos ambiguos de medo, insegurança euforia produzindo nas pessoas um modo de viver acovardado, resignado e, pior ainda, sem esperança.
não sou pensimista, acredito que amar nao é meramente mais um verbo que só pode ser conjugado segundo um certo modo instituido; acho que amar é uma atitude, um modo de vida. Há quem ama e acredita que atraves de seus esforços pode mudar os rumos de sua propria vida e há quem já se esqueceu do quanto amar significa tanto morrer como nascer a cada dia pela pessoa amada - mesmo que ela não saiba disso.
Desculpe pelo tamanho do comentario, há sempre muito mais a ser dito e escrito ...
parabens pelo blog de vcs.

abraços,

Unknown disse...

esse espaço entre o abraço...
solidão!